A greve dos docentes da Universidade Estadual do Ceará (Uece) completou três meses na última quarta-feira (3), sem avançar na negociação com o governo cearense. A greve dos docentes da Universidade Estadual do Vale do Acaraú (Ueva) também caminha para três meses de paralisação. Os docentes de ambas as universidades, assim como os docentes da Universidade Regional do Cariri (Urca), cobram reposição salarial de 12,67% e a nomeação de docentes já concursados, entre outras pautas.
O Sindicato dos Docentes da Uece (Sinduece – Seção Sindical do ANDES-SN) divulgou nota sobre a greve, afirmando que a falta de negociação é um erro político do governador Camilo Santana e que a universidade acumula problemas de funcionamento por conta dos sucessivos cortes orçamentários.
“Diversos campi estão sem limpeza, material de expediente, combustível para realização das aulas práticas e participação em eventos científicos, material para aulas práticas nos laboratórios, enfim, sem condições para manter a estrutura e o funcionamento da UECE. A dívida da Uece já ultrapassou 9 milhões de reais”, diz a nota do Sinduece-SSind.
Os docentes ressaltam que o governador não cumpriu os acordos que deram fim às duas últimas greves das universidades estaduais do Ceará, de 2014 e 2015, se negando a nomear 84 professores concursados, a autorizar a obra da Faculdade de Itapipoca, há 13 meses licitada, além de barrar a reforma da Faculdade de Crateús e a equiparação salarial de substitutos. O Sinduece-SSind também denuncia o governo estadual por ferir a Lei da data-base, mesmo o Estado do Ceará, em 2016, apresentando situação superavitária nos sucessivos relatórios bimensais de demonstração econômico-financeira.
Confira aqui a nota do Sinduece-SSind.
Fonte: Andes/SN com informações e imagem de Sinduece-SSind.