A abertura de um novo Processo de Demissão Voluntária (PDV) na Universidade de São Paulo (USP) escancarou a crise vivida pelas instituições de ensino SUPERIOR estaduais. De acordo com reportagem do Jornal Estado de São Paulo, a diminuição gradual nos repasses fez com que a maior universidade da América latina decidisse pelo corte no quadro de funcionários.
“Aquilo que cortar é importante. Se saírem só cinco está ótimo, mas, se saírem 600, melhor. Para nós é muito importante porque é uma redução em um tópico muito sensível para a universidade, que é a folha de pagamento”, afirmou o Reitor da Usp, Marco Antônio Zago em entrevista ao Estadão.
A direção da Associação dos Docentes da Usp (Adusp) publicou uma nota de repúdio à postura da Reitoria da Universidade, que, para além de aceitar o PDV como medida cabível, não debateu amplamente com a comunidade acadêmica acerca da situação.
“A postura da Reitoria sugere um total descuido para com os serviços públicos prestados pela Universidade, que ao longo do tempo têm se traduzido em ensino, pesquisa e extensão de qualidade, graças, sobretudo à dedicação de servidores docentes e técnico-administrativos”, afirma um trecho da nota.
A realidade vivenciada pela instituição paulista revela uma importante, mas não nova, faceta da crise econômica vivida pelo país. Há uma tentativa de responsabilizar os trabalhadores e trabalhadoras pelo inchaço no orçamento público e promover maciços cortes em setores fundamentais para a população, como a educação.
Fonte: Aduern.org