Votar em Lula para derrotar Bolsonaro nas ruas e nas urnas

Votar em Lula para derrotar Bolsonaro nas ruas e nas urnas

É muito preocupante a comprovação, no primeiro turno das eleições, de que mais de 43% dos eleitores e das eleitoras votaram pela continuidade da política genocida e de extrema direita. A candidatura de Bolsonaro/Braga-Netto não faz parte do campo democrático. Há real ameaça de reeleição e um segundo mandato colocaria a nossa frágil democracia sob risco ainda maior.

Assim, a Diretoria do ANDES-SN se posiciona pelo voto em Lula, no dia 30/10/22, pois tem a responsabilidade e o compromisso em avaliar que o contexto eleitoral impactará nas condições de luta, de existência dos Sindicatos.

Para o ANDES-SN continuar nas ruas, com independência e autonomia, é fundamental derrotar Bolsonaro nas urnas.

A gravidade do momento exige Votar em Lula para derrotar Bolsonaro nas ruas e nas urnas!

Adufersa realiza assembleia de prestação de contas do biênio 2020-2022

Adufersa realiza assembleia de prestação de contas do biênio 2020-2022

Professores e professoras associados a ADUFERSA participam de assembleia geral da categoria na próxima quinta-feira (29) a partir das 16h. O encontro será realizado no Auditório do CCEN para os docentes do Campus Mossoró e transmissão via Google Meet para os docentes vinculados aos demais campi. 

Dentro os pontos de discussão, destaca-se a Prestação de contas da gestão da Diretoria da ADUFERSA – Biênio 2020-2022 e a eleição da representação da ADUFERSA no 14º CONAD Extraordinário. 

Confira a convocação na íntegra 

ASSEMBLEIA DOCENTE

A Diretoria da ADUFERSA vem CONVOCAR TODOS/AS OS/AS DOCENTES PARA PARTICIPAREM DE ASSEMBLEIA GERAL, a ser realizada em 29/09/2022, com a seguinte pauta:

Pauta:
1. Informes gerais;

2.Prestação de contas da gestão da Diretoria da ADUFERSA – Biênio 2020-2022;

3.Eleição da representação da ADUFERSA no 14º CONAD Extraordinário;

4.Informes da Assessoria Jurídica da ADUFERSA.

Data/Horário: 29/09/2022 (quinta-feira), às 16h (primeira chamada).

Local: Auditório do CCEN – Campus Mossoró

Para os docentes vinculados aos demais campi, transmissão via Google Meet.

Contamos com a participação de todos/as,
Diretoria da ADUFERSA

Livro “A invenção da balbúrdia” apresenta cenário das intervenções nas Instituições Federais de Ensino

Livro “A invenção da balbúrdia” apresenta cenário das intervenções nas Instituições Federais de Ensino

Foi lançada, na última quinta-feira (15), a versão impressa do livro “A invenção da balbúrdia: dossiê sobre as intervenções de Bolsonaro nas Instituições Federais de Ensino Superior”, que apresenta o cenário de intervenções nos institutos e universidades federais pelo país. O evento aconteceu na sede da Associação de Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes Seção Sindical do ANDES-SN), em Vitória (ES) e contou com a participação da comunidade acadêmica da Ufes. Durante o lançamento, as autoras e o autor falaram sobre a construção do dossiê.

O material traz um panorama da ingerência do presidente da República na escolha de reitoras e reitores das Ifes, uma afronta direta à autonomia das universidades federais, prevista na Constituição de 1988. Desde que assumiu o cargo em 2019, o presidente Jair Bolsonaro já interferiu na nomeação de gestores e gestoras de, ao menos, 25 instituições, incluindo a Ufes, seja empossando nomes que constavam em segundo ou terceiro lugar na lista tríplice encaminhada pelas universidades ao Ministério da Educação (MEC), seja indicando pessoas que sequer participaram dos processos de escolha junto à comunidade acadêmica. 

Organizado pela Adufes SSind., por solicitação do ANDES-SN, o livro é assinado pelo professor do Departamento de História da Ufes, André Ricardo Pereira; pela presidenta da Adufes SSind., Junia Zaidan, e pela ex-presidenta da seção sindical, Ana Carolina Galvão. 

As autoras e o autor destacaram, durante a apresentação do livro, que as intervenções nas universidades e institutos federais não foram feitas apenas por Bolsonaro, mas também contaram com a participação de agentes internos e externos ao Executivo Federal. “A nossa percepção é que este governo criou condições pela primeira vez na história para que autores externos interferissem de maneira direta”, disse Pereira.

Outro ponto destacado foi referente à autonomia das instituições. Conforme explicou Ana Carolina Galvão, é uma autonomia limitada, pois, mesmo após a escolha da comunidade acadêmica, a nomeação é prerrogativa do presidente, conforme determina a Lei nº 9.192/1995. A autonomia universitária está prevista no artigo 207 da Constituição Federal. No caso dos institutos federais, o mecanismo está previsto na Lei 11.892/2008.

Ana ressaltou que a luta pela autonomia vem sendo feita há mais de 40 anos pelo ANDES-SN, para que a escolha seja inteiramente da comunidade acadêmica. Ela reforçou que a luta por essa autonomia verdadeira passa por uma alteração na legislação, por amparo jurídico, bem como pelo enfrentamento nas ruas, pela luta política.

“A nossa coletividade precisa falar também. As direções do nosso sindicato estão falando há 40 anos que a gente precisa dessa mudança, e o que a gente está vendo agora é, em grande medida, uma tentativa de silenciamento, de que as pessoas não falam sobre. A força política precisa ser retomada, e não é só da carreira docente, é dos docentes, técnico-administrativos e estudantes. A gente precisa se indignar com as indicações, como quando o ministro falou que as universidades só fazem balbúrdia”, destacou a ex-presidenta Ana Carolina Galvão, recordando também a luta que foi feita em 2019, no movimento que ficou conhecido como “Tsunami da Educação”.

Intervenção na Ufes
No livro, foram observadas intervenções em 22 universidades federais. No caso dos Institutos Federais e Cefets (Centros Federais de Educação Tecnológica), foram observadas 3 intervenções. Desse total de 25 instituições, foram feitas 29 intervenções, com casos reincidentes, como na Universidade Federal da Grande Dourados, que sofreu três intervenções.

A Ufes está entre as instituições cuja reitora escolhida pela comunidade, Ethel Maciel, não foi nomeada pelo presidente.  “O que está acontecendo nesta universidade é uma tentativa de invisibilização do meu nome como reitora eleita desta instituição. É como se isso não existisse, e esse livro é muito importante, pois ele diz o que está acontecendo. Nós ficamos sabendo, no Conselho Universitário, pela pessoa que ocupa o cargo de reitor hoje, que ele foi em uma reunião com o professor que estava no MEC (o ministro) e foi oferecido para ele o cargo. Isso nunca foi falado para a minha pessoa. É importante que vocês saibam o que aconteceu nessa universidade. Não é apenas Bolsonaro, não é apenas Bolsonaro. Todas as intervenções que aconteceram tiveram agentes internos e externos e é muito importante que isso seja dito”, relatou durante o evento.

Articulação com o ANDES-SN
A construção do livro é parte da deliberação da categoria tomada nos últimos Conads e referendada no 40º Congresso do Sindicato Nacional, realizado no final de março deste ano, em Porto Alegre (RS).  O ANDES-SN deu suporte político e apoio para que o professor e as professoras da Ufes realizassem a elaboração do material. 

O 1º vice-presidente da regional Leste do Sindicato Nacional, Mario Mariano Ruiz Cardoso, reforçou que o livro tem que se tornar um instrumento fundamental para a luta, para que sirva como base para revogar as intervenções. “O livro ajuda a entender que panorama é esse, para buscarmos as ferramentas para enfrentarmos, porque sem conhecimento revolucionário, não há ação revolucionária”, afirmou.

Carta em defesa do Serviço Público
Durante a atividade, a vice-presidenta da Adufes SSind., Jacyara Paiva, leu a Carta em Defesa do Serviço Público e das Servidoras e Servidores, construída pelas entidades vinculadas ao Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).

O documento reforça a defesa dos serviços públicos para que sejam garantidos os direitos da população à Saúde, Educação, Previdência e Assistência Social, entre outros.

“É importante destacar que são os serviços públicos que concretizam direitos sociais para a população. É por meio do serviço público que saúde, educação, previdência, assistência social, moradia, segurança e tantas outras necessidades da classe trabalhadora e do povo pobre se tornam direitos conquistados. Mesmo o serviço público tendo essa relevância para a população, em especial o povo mais pobre, diversas contrarreformas que retiram direitos já foram realizadas no Brasil. Nesse país continental, os serviços públicos são cada vez mais imprescindíveis para garantir inclusive a sobrevivência do nosso povo”, destaca um trecho da carta lida pela vice-presidenta da Adufes SSind.

*Fonte: Adufes SSind. com edição do ANDES-SN. Fotos: Adufes SSind.

Empossada nova diretoria da ADUFERSA

Empossada nova diretoria da ADUFERSA

Tomou posse, em assembleia realizada na noite de ontem (8), a gestão Democracia e Autonomia, que coordena a ADUFERSA durante o biênio 2022-2024. A Gestão foi eleita em votação realizada no dia 31 de agosto.

A nova gestão da ADUFERSA é composta por: Thiago Arruda Queiroz Lima (Presidente); José Domingues Fontenele Neto (Vice-presidente); Claudio de Souza Rocha (Primeiro Secretário); Valdenize Lopes do Nascimento (Segundo Secretário); Álvaro Fabiano Pereira (Primeiro Tesoureiro); Jusciane Costa e Silva (Segunda Tesoureira); Inês Xavier Martins (Diretora do Setor de Aposentados); Jairo Rocha Ximenes Ponte (Diretor Adjunto do Setor de Aposentados); Francisco Souto de Sousa Júnior (Diretor de Cultura, Esportes e Lazer); Subênia Karine de Medeiros (Diretora Adjunto de Cultura, Esportes e Lazer).

Além da nova Diretoria e da base docente, participaram da assembleia de posse a Presidenta Nacional do Andes/SN , Rivânia Moura, a Coordenadora Geral do Sinasefe Mossoró, Euza Raquel e o Coordenador Geral do Sindprevs Mossoró, Márcio Freitas.

Conselho de Representantes – Também tomou posse ontem o novo Conselho de Representantes do sindicato, que é formado por 16 docentes dos departamentos e campi.

Foram empossados: Talita Montezuma (titular) e Mário Sergio Falcão Maia (suplente) – Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas; Indalecio Dutra (titular) e Marineide Jussara Diniz (suplente) – Centro de Engenharias; Rafael Castelo Guedes Martins (titular) e Antonio Ronaldo Gomes Garcia (suplente) – Centro de Ciências Exatas e Naturais; Cristina Baldauf (titular) e Fernanda Matias (suplente) – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde; Leilson Costa Granjeiro (titular) e Clarisse Pereira Benedito (suplente) – Centro de Ciências Agrárias; Carmelindo Rodrigues da Silva (titular) e Rafael da Costa Ferreira (suplente) – Campus Angicos; Jorge Luis De Oliveira Pinto Filho (titular) e Glauber Barreto Luna (suplente) – Campus Pau dos Ferros; Hudson Pacheco Pinheiro (titular) e Adiana Nascimento Silva (suplente) – Campus Caraúbas.

Confira as fotos do evento

Chapa “Democracia e Autonomia” é eleita para dirigir ADUFERSA

Chapa “Democracia e Autonomia” é eleita para dirigir ADUFERSA

A chapa “Democracia e Autonomia” foi eleita ontem (31) para dirigir Associação dos Docentes da Ufersa (ADUFERSA) pelos próximos dois anos. A votação foi realizada de forma presencial em Mossoró, Pau dos Ferros, Angicos e Caraúbas.

A chapa foi eleita com 100% dos votos dos docentes que participaram do pleito. Foram 68 votos válidos, sendo  31 em Mossoró, 13 em Caraúbas, 18 em Angicos e 6 em Pau dos Ferros.

A nova gestão da ADUFERSA é composta por: Thiago Arruda Queiroz Lima (Presidente); José Domingues Fontenele Neto (Vice-presidente); Claudio de Souza Rocha (Primeiro Secretário); Valdenize Lopes do Nascimento (Segundo Secretário); Álvaro Fabiano Pereira (Primeiro Tesoureiro); Jusciane Costa e Silva (Segunda Tesoureira); Inês Xavier Martins (Diretora do Setor de Aposentados); Jairo Rocha Ximenes Ponte (Diretor Adjunto do Setor de Aposentados); Francisco Souto de Sousa Júnior (Diretor de Cultura, Esportes e Lazer); Subênia Karine de Medeiros (Diretora Adjunto de Cultura, Esportes e Lazer).

Também foi eleito o novo Conselho de Representantes do sindicato, que é formado por 16 docentes dos departamentos e campi.

Foram eleitos: Talita Montezuma (titular) e Mário Sergio Falcão Maia (suplente) – Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas; Indalecio Dutra (titular) e Marineide Jussara Diniz (suplente) – Centro de Engenharias; Rafael Castelo Guedes Martins (titular) e Antonio Ronaldo Gomes Garcia (suplente) – Centro de Ciências Exatas e Naturais; Cristina Baldauf (titular) e Fernanda Matias (suplente) – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde;  Leilson Costa Granjeiro (titular) e Clarisse Pereira Benedito (suplente) – Centro de Ciências Agrárias;  Carmelindo Rodrigues da Silva (titular) e Rafael da Costa Ferreira (suplente) – Campus Angicos;  Jorge Luis De Oliveira Pinto Filho (titular) e Glauber Barreto Luna (suplente) – Campus Pau dos Ferros; Hudson Pacheco Pinheiro (titular) e Adiana Nascimento Silva (suplente) – Campus Caraúbas.

ADUFERSA define nova Diretoria na próxima terça-feira (30)

ADUFERSA define nova Diretoria na próxima terça-feira (30)

A Associação dos Docentes da Ufersa – ADUFERSA – realiza, na próxima terça-feira (30), eleições para definir a nova Diretoria e Conselho de Representantes do sindicato, coordenando a entidade durante o biênio 2022-2024.

O pleito será realizado durante todo o dia, com pontos de votação presencial em Mossoró, na sede da ADUFERSA  bem como nos campi da Ufersa em Angicos, Caraúbas e Pau dos Ferros, das 08h às 12h e das 14h às 18h. O sindicato fica sediado na Rua Filgueira Filho, 11, Bairro Pres. Costa e Silva. 

Em 2020, data da última eleição sindical, a votação foi realizada de maneira virtual em decorrência da pandemia de Covid-19, que, àquela altura, atingia o ápice no número de contaminações e vítimas no Brasil.

A chapa “Democracia e Autonomia” é a única inscrita para a disputa em 2022. Ela é composta por: Thiago Arruda Queiroz Lima (Presidente); José Domingues Fontenele Neto (Vice-presidente); Claudio de Souza Rocha (Primeiro Secretário); Valdenize Lopes do Nascimento (Segundo Secretário); Álvaro Fabiano Pereira (Primeiro Tesoureiro); Jusciane Costa e Silva (Segunda Tesoureira); Inês Xavier Martins (Diretora do Setor de Aposentados); Jairo Rocha Ximenes Ponte (Diretor Adjunto do Setor de Aposentados); Francisco Souto de Sousa Júnior (Diretor de Cultura, Esportes e Lazer); Subênia Karine de Medeiros (Diretora Adjunto de Cultura, Esportes e Lazer).

Além da diretoria, também será eleito o Conselho de Representantes, que é formado por 16 docentes dos departamentos e campi.

Neste pleito os candidatos ao Conselho de representantes são: Talita Montezuma (titular) e Mário Sergio Falcão Maia (suplente) – Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas; Indalecio Dutra (titular) e Marineide Jussara Diniz (suplente) – Centro de Engenharias; Rafael Castelo Guedes Martins (titular) e Antonio Ronaldo Gomes Garcia (suplente) – Centro de Ciências Exatas e Naturais; Cristina Baldauf (titular) e Fernanda Matias (suplente) – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde;  Leilson Costa Granjeiro (titular) e Clarisse Pereira Benedito (suplente) – Centro de Ciências Agrárias;  Carmelindo Rodrigues da Silva (titular) e Rafael da Costa Ferreira (suplente) – Campus Angicos;  Jorge Luis De Oliveira Pinto Filho (titular) e Glauber Barreto Luna (suplente) – Campus Pau dos Ferros; Hudson Pacheco Pinheiro (titular) e Adiana Nascimento Silva (suplente) – Campus Caraúbas.

Confira o edital de convocação para as eleições clicando AQUI

 

Servidoras e servidores públicos retomam Jornada de Lutas em agosto

Servidoras e servidores públicos retomam Jornada de Lutas em agosto

Docentes, em unidade com demais categorias do serviço público federal, retomam a jornada de lutas em Brasília (DF) no início de agosto, para dar continuidade à mobilização em defesa da democracia, dos serviços públicos, da educação pública e contra os ataques desferidos pelo governo federal.

Por meio da Circular nº 270/2022, o ANDES-SN convocou as seções sindicais a participarem da “Jornada de Lutas do Fonasefe: Em defesa da Democracia e Serviços Públicos”. As seções têm até às 12h de sexta-feira (29) para indicar os nomes e os contatos das e dos seus representantes, por meio do formulário (acesse aqui).

Durante toda a semana, as servidoras e os servidores públicos participarão de uma agenda de mobilizações que inclui a recepção de parlamentares no Aeroporto Internacional de Brasília, atos em defesa das eleições e contra a violência política no Senado Federal e, também, em defesa do Serviço Público e da Democracia no Congresso Nacional. Estão previstas, ainda, manifestações em frente ao Ministério da Economia e Superior Tribunal Federal (STF).

“A Jornada de Lutas é fundamental para dar continuidade ao processo de organização das servidoras e dos servidores públicos na denúncia dos cortes orçamentários, da destruição dos serviços públicos e alertando sobre a possibilidade de colocarem a qualquer momento a PEC 32 [contrarreforma Administrativa] em votação. Outra questão importante colocada nessa jornada é a defesa da democracia. Lutaremos para que seja garantido esse processo eleitoral que irá acontecer esse ano, considerando as ameaças colocadas pelo próprio presidente Jair Bolsonaro nas últimas semanas, questionando esse processo. Nesse sentido é fundamental a mobilização em Brasília, em unidade com as demais categorias dos serviços públicos, e dialogando com parlamentares. Acreditamos que a derrota desse governo se dará nas ruas e nas urnas”, disse Francielie Rebelatto, 2ª secretária do ANDES-SN, que reforça que as próximas semanas serão decisivas no Congresso Nacional.

Luta e resistência
O ANDES-SN tem participado nos últimos anos da construção da luta e resistência das servidoras e dos servidores públicos frente aos ataques desferidos pelo governo federal. Ano passado, junto com outras categorias do serviço público, docentes das seções sindicais e da diretoria nacional do ANDES-SN realizaram por mais de três meses protestos permanentes no aeroporto da capital federal e no Anexo 2 da Câmara dos Deputados contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20, da contrarreforma Administrativa.

Mais recente, realizou atos com o objetivo de pressionar parlamentares e chamar a atenção da sociedade para os cortes e os desvios de recursos do Ministério da Educação (MEC), para a necessidade da realização da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MEC e em luta por recomposição do orçamento da Pasta. Também alertaram sobre os perigos do PL 5594/20 e cobraram o imediato atendimento da pauta de reivindicações do Setor da Educação, protocolada em 14 de junho.
Além disso, as e os docentes seguem reivindicando também a recomposição salarial de 19,99%, a revogação da Emenda Constitucional (EC) 95 – que impôs o Teto dos Gastos – e o arquivamento da PEC 32.

Confira abaixo a agenda da Jornada de Lutas

Segunda-feira (01/08)
17h – Mobilização no Aeroporto – recepção de parlamentares

Terça-feira (02/08)
7h – Mobilização no Aeroporto – recepção de parlamentares
10h – Ato em defesa das eleições e contra a violência política no Auditório 7 do Senado Federal
14h – Concentração no Espaço do Servidor, marcha na Esplanada e ato no Ministério da Economia (Bloco P)

Quarta-feira (03/08)
10h – Ato em defesa do Serviço Público e da Democracia no Congresso Nacional
14h – Ato em frente ao STF

Brasil registra mais de 200 mortes diárias por Covid-19

Brasil registra mais de 200 mortes diárias por Covid-19

Há mais de três semanas, o Brasil apresenta, todos os dias, média móvel de mortes diárias de Covid-19 maior que 200, com tendência de alta. Na segunda-feira (18), o número chegou a 251, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Esse montante de óbitos é muito menor do que os registrados em abril de 2021, na pior onda da pandemia. Naquele momento, a média móvel de mortes diárias ultrapassou a marca de 3 mil. Mas, mesmo assim, o país se encontra em um cenário de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave nunca antes registrado.

Um levantamento realizado com os dados abertos do InfoGripe/Fiocruz mostrou que, entre 2009 e 2019, o Brasil registrou 22.122 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave, uma média de pouco mais de 2 mil mortes por ano. Hoje, o país atinge 2 mil óbitos por Covid-19 – a cada 10 dias, em média. 

Isso mostra que mesmo com o avanço da vacinação, o coronavírus segue sendo muito mais letal do que os vírus que causam gripe, que já circulam no mundo há mais tempo. Agora, essa letalidade está concentrada em grupos específicos: idosos, pessoas imunossuprimidas, crianças menores do que 1 ano e aqueles que, por qualquer motivo, não se vacinaram. Dessa forma, tornam-se mortes “invisíveis”.

De acordo com Isaac Schrarstzhaupt, cientista de dados e coordenador da Rede de Análise Covid-19, essa situação colabora para o aumento da circulação do vírus. “A gente percebe que estamos com uma doença muito mais letal do que a H1N1 e que, por estar se transmitindo sem problema nenhum, está desenvolvendo variantes que estão conseguindo infectar as pessoas cada vez mais rápido”, explica.

“Agora a gente tem públicos que sofrem menos e públicos que sofrem mais com as ondas de menor proporção que a gente vem observando”, afirma Anderson Brito, virologista, pesquisador científico do Instituto Todos pela Saúde e integrante da Equipe Halo, da Organização das Nações Unidas.

“Se a gente for olhar só para o número de casos, são tão altos como as ondas de 2021. No entanto, não geram tanto impacto para os mais jovens, que ficam um pouco mais displicentes, porque sabem que provavelmente não terão casos graves, mas se esquecem que eles estão conectados com outras pessoas”.

Calendário eleitoral
A proximidade das eleições ajuda a explicar o cenário. “A gente está em ano de eleição. A gente sabe que por opção dos governos muitos deles estão no modo fim de pandemia, eles decidiram que a pandemia acabou – ela não acabou – por que a gente sabe isso traz votos, dizer que venceu a pandemia. Não tocar no assunto também pode trazer frutos do ponto de vista político, mas quem sofre é a população, especialmente esses grupos mais vulneráveis”, lembra Brito.

De fato, a gravidade da situação não vem se refletindo nas políticas públicas relacionadas ao controle da pandemia. A quarta onda da covid-19 no país não provocou mudanças de postura por parte dos governos. A vacinação segue como a principal – senão única – estratégia para controle da gravidade dos casos, sem que a transmissão seja controlada.

Desigualdade vacinal
Mesmo sendo a grande aposta do país para o controle da pandemia, a vacinação vem apresentando problemas graves. O primeiro deles é a desigualdade vacinal. No país, a cobertura da segunda dose está em 77% da população total. No estado de São Paulo, no entanto, a cobertura com a segunda dose é quase universal, chegando a 88% da população total, e em Roraima esse número é de apenas 53%.

A cobertura das doses de reforço é ainda pior. No Brasil, a terceira dose chegou a 46% da população. Em São Paulo, esse número é de 56%, enquanto em Roraima, não passa de 17%. As doses de reforço são consideradas fundamentais para manter a proteção da população contra casos graves e mortes por Covid-19, tanto por conta do aparecimento de novas variantes que apresentam escape imunológico em relação às cepas anteriores, como por conta de uma diminuição natural da imunidade vacinal com o passar dos meses.

O que deve ser feito?
As duas ações mais simples para evitar a transmissão do coronavírus e o agravamento dos casos são a vacinação e o uso de máscaras em locais fechados ou em aglomerações. Para aumentar a cobertura vacinal, é fundamental promover uma campanha vacinal robusta, para combater a desinformação e a hesitação vacinal. 

O uso de barreiras físicas contra o vírus também é fundamental. “A gente observou, por exemplo, a desobrigação do uso de máscaras de uma maneira um pouco repentina demais, acompanhado dessa mensagem de fim de pandemia, que foi equivocada”, afirma Brito.

Schrarstzhaupt vai na mesma linha. “O Japão é um baita exemplo. Eles não tiveram nenhuma daquelas medidas draconianas, mas ao mesmo tempo tiveram uma taxa de óbitos por milhão de habitantes baixa em relação a outros países que tomaram medidas similares. O que tem de diferente? É a educação da população em relação à transmissão de doenças infecciosas que está muito mais avançada”, conta. 

Ele defende que a obrigatoriedade do uso de máscaras não se sustenta a longo prazo sem informação de qualidade. “Penso muito mais numa campanha constante de educação sobre transmissão de vírus respiratórios. Eles estão conosco, vão estar conosco e temos que saber lidar. Dá pra viver”, afirma o especialista.  

A questão da transmissão do vírus em ambientes fechados também precisa se tornar uma preocupação. “Hoje a gente sabe muito bem como o vírus se transmite, então a gente poderia investir em ventilação de ambientes, em melhorar a arquitetura pensando em vírus respiratórios”, diz Schrarstzhaupt.

Mortes evitáveis
Um estudo elaborado com o apoio do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e da Oxfam Brasil, a partir de iniciativa do grupo Alerta – e com a participação de pesquisadoras e pesquisadores de universidades públicas brasileiras – estimou que cerca de 120 mil mortes ocorridas no primeiro ano da pandemia da Covid-19 (de março de 2020 a março de 2021) poderiam ter sido evitadas se o Brasil tivesse adotado medidas preventivas como distanciamento social e restrições a aglomerações. Se o governo de Jair Bolsonaro (PL) e os governos locais tivessem adotado medidas mais restritivas haveria uma redução relativa de 40% na transmissão da Covid-19. 

Desde o primeiro semestre de 2020, as taxas de transmissão se mantiveram altas e os números de casos e de óbitos excepcionalmente elevados. A falta de controle da pandemia  no território nacional, na gestão de Bolsonaro, se configurou em padrão constante, levando ao aumento expressivo da transmissão e das mortes em 2021.

Fonte: Brasil de Fato, com edição e acréscimos de informações do ANDES-SN

65º Conad chega ao fim fortalecendo a categoria docente para as lutas

65º Conad chega ao fim fortalecendo a categoria docente para as lutas

Após três dias de intensos debates e importantes deliberações, chegou ao fim o 65º Conad do ANDES-SN, neste domingo (17). O encontro deliberativo do Sindicato Nacional aconteceu entre os dias 15 e 17 de julho, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), em Vitória da Conquista (BA), sediado pela Associação Docente da Uesb – Adusb SSind.

Moções
Doze moções foram apresentadas durante o encerramento e aprovadas pelas delegadas e os delegados do 65º Conad, que expressaram pesar e repúdio pelo assassinato de Bruno Pereira Araújo e Dom Philips, pelo brutal assassinato de companheiro Marcelo Arruda e solidariedade a seus familiares, amigos e amigas; solidariedade à professora Elizabeth Sara Lewis, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio); apoio à campanha Paz nas Eleições, uma iniciativa da sociedade civil organizada para enfrentar a escalada de violência política evidenciada nas últimas semanas e as tentativas de setores autoritários tentarem deslegitimar o processo eleitoral deste ano. 

Também manifestaram apoio à carta aberta assinada pelas docentes negras e pelos docentes negros da Universidade de São Paulo, com reivindicações de implementação por parte da Reitoria de ações afirmativas para ingresso de negras e negros na USP e sua progressão na carreira docente; à luta e à resistência dos povos originários Guarani e Kaiowá, no território Guapo’y Mirim-Tujury, no estado do Mato Grosso do Sul e ao povo do Equador.

Repudiaram, ainda, a cassação do mandato do vereador de Curitiba (PR), Renato Freitas, do PT. Também prestaram solidariedade ao vereador, que está lutando para manter o seu mandato e conter o processo de cassação movido por cinco vereadores. Também manifestaram repúdio ao governador do estado do Amazonas, Wilson Lima (União), que se recusa a receber docentes da universidade do estado (UEA) para negociação, e ao deputado estadual Rodrigo Amorim, do PTB do Rio de Janeiro, que, junto com apoiares, promoveu ataque a militantes e parlamentares que participavam de caminhada em apoio ao pré-candidato Marcelo Freixo (PSB/RJ) e cobraram apuração dos fatos. 

Homenagem
A organização do 65º Conad foi muito elogiada pelos e pelas participantes, com momento de aplausos e agradecimento a todas e todos envolvidos no processo: diretoras e diretores da Seção Sindical e também as trabalhadores e trabalhadores da Adusb SSind, do ANDES-SN, dos monitores e das monitoras, além das trabalhadoras e dos trabalhadores da Uesb, que colaboraram para a realização do conad.
 

Carta de Vitória da Conquista
Regina Ávila, secretária-geral do ANDES-SN, realizou a leitura da Carta de Vitória da Conquista, documento político que resume os debates do 65º Conad do ANDES-SN. “Foram três dias de intensos debates em plenárias e grupos mistos, como preza nosso histórico método de deliberar as ações do sindicato pela base. Atualizamos a análise de conjuntura e o Plano Geral de Lutas reafirmando o compromisso do ANDES-SN em defesa da Educação Pública, Gratuita, Laica e Socialmente referenciada. Na análise de conjuntura, em âmbito nacional, destacou-se a violência política, os ataques à Educação e aos direitos sociais e trabalhistas. Reafirmamos a necessidade de construção da unidade na luta para enfrentar o bolsonarismo nas ruas e nas urnas. No Plano Geral de Lutas apontamos os imensos desafios em organizar a reação contra a privatização da Educação, os cortes orçamentários, o reuni digital, o retorno presencial sem as condições sanitárias e de ensino e aprendizado adequadas, e a defesa da liberdade de cátedra”, pontuou o documento.

A Carta destacou ainda que a categoria docente tem “o desafio de derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo, que representam o retrocesso político e civilizatório que o país atravessa. Com unidade e firmeza em nossos princípios, venceremos essa etapa e continuaremos a realizar o projeto histórico de educação emancipadora que há 41 anos nosso sindicato tem construído. Nem um passo atrás, nossa luta é por uma sociedade anticapitalista, antimachista, antiLGBTQIAP+ fóbica e anticapacitista”, afirmou. 

Encerramento 
Em sua fala de encerramento, Rivânia Moura, presidenta do ANDES-SN, agradeceu novamente à organização e todas e todos envolvidos e saudou, ainda, as e os docentes que dedicaram energia e tempo para participar dos debates 65º Conad. Ela destacou que, apesar das divergências, são todas e todos companheiras e companheiros que constroem coletivamente o Sindicato Nacional.

“Saímos daqui fortalecidas e fortalecidos para os enfrentamentos, para fazer a luta necessária. Saímos reafirmando o sindicato, os seus princípios e a concepção de classes, de uma classe que tem raça, gênero e orientação sexual e que certamente passa por processos de exploração diferenciados dentro da sociabilidade do capital. Como foi apontado na nossa carta, saímos daqui com a atualização do nosso plano de lutas e a conclusão do debate que iniciamos no 40º Congresso. Tínhamos um enorme desafio e nós fizemos esse esforço coletivo. Vamos sair daqui também certamente fortalecendo o nosso grito de “fora Bolsonaro” nas urnas e nas ruas. Porque sabemos que é fundamental enfrentar o bolsonarismo que está instaurado na nossa sociedade”, afirmou Rivânia. 

E, antes de declarar encerrado o 65º Conad do ANDES-SN por volta das 19h20, a presidenta do Sindicato Nacional fez a leitura do poema de Thiago de Mello “Para os que virão”, que está na Revista Universidade e Sociedade – lançada durante o evento. Rivânia lembrou a importância da arte e suas diversas expressões na disputa de ideias e construção de outra sociabilidade.